sábado, 16 de junho de 2012

Ditadura Militar


Revolução de 64



RESUMO
              Este trabalho visa fazer uma breve apresentação do contexto histórico dos governos de Jânio Quadros, João Goulart e do golpe militar. Iniciemos então por Janio que ao ser eleito em 1960 com a maior votação da historia brasileira, achou-se no direito de governar a  margem dos partidos políticos. Acreditamos que esse fato tenha desencadeado no processo de “perseguição” política e pessoal, até culminar no golpe militar. Assim, em 31 de março de 1964 aconteceu à maior revolução militar de toda  a historia do Brasil. Era dado o golpe militar, onde várias tropas se reuniram com um único objetivo, a deposição de João Goulart, da presidência, sob acusação de que ele seria simpatizante de forças internacionais comunistas. Assim, podemos observar as principais tropas que deram o pontapé inicial ao golpe sendo estas: As tropas do general Olímpio Mourão Filho, vindas de Minas Gerais; Apoio do comandante do II Exército, de São Paulo; Governador Magalhães Pinto, de Minas Gerais; Ademar de Barros, São Paulo; Carlos Lacerda, Guanabara;


Palavras chaves: Governo Jânio Quadros.  Governo João Goulart.  O golpe militar




Acadêmico do curso de licenciatura plena em historia, da Faculdade Internacional do Delta (FID)
Acadêmica do curso de licenciatura plena em historia, da Faculdade Internacional do Delta (FID)
Acadêmica do curso de licenciatura plena em historia



1-INTRODUÇÃO

   
       Viemos por meio deste artigo de caráter original, por ter questões e opiniões próprias, logicamente que adquiridas a partir de estudos de fontes, porém estas serviram apenas como base de pesquisas. Outro caráter presente é o relato de casos, visto que citamos alguns relatos acontecidos dentro dos governos especificamente do Janio quadros e João Goulart, até chegar à ditadura.
      No entanto, o que buscamos nesse trabalho e descobrir mesmo que forma ingênua o que levou de fatos ao militares bolarem e efetivarem ”esse golpe”. Para isso, foi necessário um estudo mais aprofundado no contexto histórico dos governos envolvidos.
       Dessa forma, no desenvolvimento estão presentes informações que acreditamos ser necessárias, e essenciais a compreensão da efetivação do golpe em si.


 2-DESENVOLVIMENTO

2.1- Contextos histórico de Janio Quadros

Para que possamos entender o que foi a “revolução de 64”, é necessário conhecer um pouco sobre o processo histórico que culminou nessa revolução.
Vejamos então o contexto do governo de Jânio Quadro, considerando um típico líder populista afirmava que ao passo em que fosse eleito iria “varrer toda a corrupção” do governo, falava isso de maneira clara e objetiva. Com o intuito de reforçar essa imagem de político honesto, usava uma vassoura como símbolo de sua campanha.

Quando Jânio assumiu o governo em 1961, a inflação e a dívida brasileira estavam altas, e uma boa parte dela tinha que ser paga até o final daquele ano. Com isso o governo Jânio decidiu então restringir os gastos, assim ele diminuiu o débito aos empresários, congelou salários e cortou a ajuda governamental esse fator provocou um aumento de 100% em coisas que vão desde o pão até o combustível, isso devido às importações de trigo e petróleo. Já em caráter nacional tiveram outros fatores que contribuíram para o desgaste de Jânio Quadros enquanto presidente, dentre esses podemos citar a proibição de brigas de galo, o uso de lança- perfume nos bailes carnavalescos e o uso de biquíni nas praias.

Negando-se a manter alinhamentos do Brasil com os EUA, Jânio buscou uma aproximação com a União Soviética e China, países de caráter comunistas, chegando a condecorar o ministro cubano Ernesto “Che” Guevara, em 19 de agosto de 1961, com todas as honrarias disponíveis da nação brasileira.

Após essa homenagem foi acusado por Carlos Lacerda de ser um comunista, e de querer trazer para o Brasil o modelo de Ditadura Comunista. Assim em 25 de agosto 1961, Jânio renunciou a presidência da republica, deixando apenas uma carta para ser entregue ao congresso, vindo desta forma a surpreender seus eleitores e opositores.





CARTA RENUNCIA DE JANIO QUADROS








2.2-Contexto histórico de João Goulart

A partir da renuncia de Jânio Quadros, o governo deveria ser entregue a João Goulart “o Jango”, de acordo com a constituição. Mas, nem todos aceitavam sua posse, como por exemplo, os chefes militares e os empresários.  Chegando a ser da mesma forma que Jânio foi acusado, de ter ligação com o comunismo internacional pelos militares. Por outro lado existiram aqueles que eram favoráveis tais como: os lideres de movimento social e estudantil alguns governadores de estado, principalmente do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola.

Dessa forma, o país ia caminhando para uma grande guerra civil, então o congresso propôs uma solução para o fim da crise a saída seria João Goulart aceitar o modelo parlamentar, e foi o que aconteceu ele aceitou, porém em setembro de 1961 ele começou a querer impor o modelo presidencialista, querendo dar um golpe. Então com esse impasse foi realizado um plebiscito na qual o povo escolheria pelo presidencialismo ou parlamentarismo. Assim quase 80% dos eleitores disseram não ao parlamentarismo, devolvendo antão a chefia do governo a Jango em seis de janeiro de 1963.

No governo de João Goulart “o Jango” pode-se observar certa conturbação, pois havia uma desconfiança por parte dos empresários levando-os a uma diminuição no investimento. E que teve como consequência a elevada taxa de desemprego, como o custo das obras públicas era bem elevado, isso obrigava a emitir dinheiro, isso tudo contribuiu para o aumento da inflação. Ele também prometeu realizar as reformas de base, sendo elas agrarias, administrativas, bancaria, tributarias, eleitoral e educacional, com o objetivo de aproximar as camadas populares e dos setores das camadas medias favoráveis a mudança social. Isso fez com que a sociedade brasileira ficasse dividida em relação a essas reformas.

Os grupos que apoiavam Jango, não apoiavam de modo incondicional, houve momentos que ele não conseguia atender a todos as condições impostas por essas estruturas, chegando até mesmo receber criticas desse próprio grupo que lhe apoiava. Aproveitando que Jango estava recebendo criticas do seu lado de apoio, a oposição tradicional começou a exercer um tom mais duro, mais severo em seus discursos, e os mais radicais defendiam uma intervenção defensiva no governo. Dentro desse grupo podemos perceber a presença da mais alta cúpula militar.

Nesse clima de tensão e quase sem apoio, Jango optou por se aproximar cada vez mais dos grupos sociais. Em 13 de março liderou um grande comício que seria feito com o objetivo das reformas de base, que foi realizado em frente à Estação da Central do Brasil, no Rio de janeiro.









COMICIO ORGANIZADO POR JANGO EM FRENTE A ESTAÇÃO DA CENTRAL DO BRASIL
















2.3-Golpe Militar

Em resposta a esse comício os opositores realizaram no dia 19 do mesmo mês, uma marcha da família com Deus pela liberdade, acontecida na cidade de São Paulo, com cerca de 500 mil pessoas. Porém a gota d água para que ocorresse a revolta foi um protesto de marinheiro organizado pelo governo e interpretado pela cúpula militar, como incentivo a quebra da hierarquia militar.



A MARCHA COM DEUS PELA LIBERDADE






                Dessa forma em 31 de março de 1964, o Brasil entra em uma fase considerada inédita e uma das mais difíceis de sua historia. Acontecia então, o golpe militar de 1964, onde forças armadas tentavam derrubar o presidente e pôr ordem na nação, alegando assim que o povo poderia ter segurança e melhores condições de vida, tentando através de intensas perseguições acabarem de vez com as agitações populares, portanto, o país estava se reestruturando, se reorganizando. Iniciou-se um período em que foi governado por militares, onde foi caracterizada por grandes perseguições generalizadas, a tortura se fazia presente em todos os lugares não importando à hora. Líderes comunitários foram presos, sindicalistas foram detidos sendo alguns cassados, exilados e até mesmo mortos. Todas as atividades do povo brasileiro passaram a ser vigiados minuciosamente, não se sabia mais o que era privacidade nem tranqüilidade, visto que a qualquer hora poderia-se ser abordado sem se saber quando ou se retornaria.

Começando assim um confronto entre militares, estudantes e sindicalistas, o cotidiano do país estava baseado em ir ao trabalho e retornar a casa com pouca comunicação. Dessa forma a caça aos comunistas foi o dia-a-dia da policia secreta do governo. As cadeias ficaram superlotadas, logo que o individuo fosse preso ficaria incomunicável, e era submetidas as mais diversas formas de torturas. O numero de presos a partir de 1964 foi absurdamente alto, e em sua maioria foram mortos e os poucos que se livraram da morte ficaram com problemas psicológicos e até mesmo de sobrevivência, outros são vigiados, monitorados até hoje. As experiências dos que passaram por estes momentos mostram os absurdos que foram submetidos àquelas pessoas que lutaram por dias melhores no futuro do país.

 Essas torturas, até mesmo execuções desses brasileiros por muitos vezes eram feitas em praça publicas, onde causavam pavor e medo reprimindo toda a população.

IMAGENS TIPICAS DA DITADURA








 Portanto, para aqueles que serviam a revolução, a corrupção tornou-se praticamente constitucional, diferente daquilo que era defendido pelo governo, como podemos observar na campanha Jango. Durante o regime militar não houve eleições, passando assim aproximadamente uns 30 anos, para que ocorresse a volta das eleições presenciais a partir das “diretas já”. O congresso nacional assumiu a função de preparar um novo texto constitucional resultando assim em cinco de outubro de 1988 na Magna carta brasileira, restabelecendo a independência dos três poderes, as liberdades individuais e as eleições diretas para presidente.

CONCLUSAO

      A partir dessa exposição o que se pode observar é que, toda essa questão de golpe passou a ser cogitada lá no governo de Janio Quadros, que ao assumir tentou governar à margem dos partidos políticos. Esse processo desencadeou na sua renuncia, esperando que o Congresso não aceitasse. No entanto, ocorreu o que ele menos esperava, pois o Congresso aceitou sua demissão, e impôs ao novo presidente João Goulart, a condição de que ele só seria empossado se concordasse governar no modelo parlamentar, assim ele aceitou, mas ao assumir a presidência Jango promoveu um plebiscito convidando as pessoas a escolherem entre os modelos: parlamentarismo e presidencialismo, dando ao nosso entendimento, “um golpe dentro do golpe”.
       Assim, podemos constatar que esse golpe começou a ser planejado, mediante o fator de descontentamento das autoridades em relação aos governantes em questão.
     

REFERENCIAS


ARRUDA, José Jobson de A; PILETTI, Nelson. Toda a historia. 8. ed. São Paulo: Ática, 1999.

CAMPOS, de Flavio; MIRANDA, Renan Garcia. Escrita da historia. 1. ed. São Paulo: Escala educacional, 2005.

SANTIAGO, Pedro. et al. Por dentro da historia 3.1. Ed. São Paulo: Edições

Escalaseducacional S/A, 2010.- (coleção por dentro da historia.)


leiturasdahistoria.uol.com.br

Revistaideias.com. br

Eixodajustica. blogspot.com

Fabiopestanaramos. blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário